terça-feira, 15 de junho de 2010

Uma tentativa de assassinato

Um tsunami atingiu o mercado fotográfico tradicional. A onda tinha um nome: Digital. Os líderes da indústria ficaram confusos.E empresas das áreas gráfica e eletrônica se aproveitaram desse momento.Como resultado tivemos uma série de rumores e informações desencontradas. Isso afetou enormemente o varejo fotográfico tradicional.
O primeiro desses rumores: a impressão caseira (home printing) iria ser a opção preferencial dos consumidores.Um grande número de impressoras foi lançada a um preço excepcional para capturar o maior número de clientes. Eu me lembro de um debate promovido pela PMA Brasil realizado no Transamérica de São Paulo onde a HP dizia em alto e bom som que a impressão doméstica seria uma realidade em pouco tempo. Eu fiz algumas objeções, principalmente sobre o tempo de espera para impressão, aliada a pouca vontade do consumidor em ser laboratorista fotográfico. De qualquer forma, sempre tiveram muito dinheiro para divulgar "essa tendência". Isso deixou lojistas preocupados e em compasso de espera.Em 2010, a constatação que o home printing está em declínio, admitido pelos executivos da indústria.
O segundo grande rumor: os celulares com câmera irão tomar o mercado.A FHOX dedicou até capa para isso. Sei que o objetivo era alertar aos lojistas que isso poderia ser uma grande oportunidade.Os celulares com câmera criaram outro mercado, como a snapshoots, facebook, mas jamais substituíram as câmeras digitais, que, alías, vem mantendo ótimos níveis de venda, batendo recordes de vendas.No entanto, com mais essa cortina de fumaça o mercado tradicional colocou o pé no freio mais uma vez.
O mais recente rumor a afetar os negócios é a chegada dos minilabs drys, que fará a fotoquímica uma peça de museu. Mas, vamos lá:
  • Qual será a tecnologia que será a standard?;
  • Uma solução dry ou várias soluções dry?;
  • Quando isso vai acontecer?;
  • Qual será o custo real?
Como blog é um espaço que permite muita liberdade, atrevo-me a expor meu ponto de vista sobre as tecnologias existentes:
  1. Dye Sublimation
É a mais antiga em uso e é a preferida dos kiosks. Esse é o ponto forte: base instalada. No entanto apresenta algumas fraquezas: a) custo ainda é alto; b) a capacidade de produção ainda é pequena, mesmo que se use múltiplos kiosks, aliás o lojista é obrigado a ter mais impressoras e c) a qualidade da cópia ampliada ainda é ruim para os padrões profissionais do mercado fotográfico.

2. Ink Jet


É a última adotada por marcas tradicionais, como Fuji e Noritsu. Ainda apresenta qualidade irregular, o custo também é alto e há problemas de produção nas cópias ampliadas. E, parece, tem qualidade ruim nas fotos documento.

3. HP Indigo

Oferece um grande número de fotoprodutos, como photobooks, calendários e outros. Adotada por grandes contas. Agressividade da HP é impressionante. Porém, tem o custo alto (dobro em relação ao químico). Por isso, a ideia em oferecer produtos com alto valor agregado, como citado. E a HP não oferece suporte de apoio junto ao consumidor e há desconfiança de parte do mercado tradicional. Além disso, a máquina é caríssima e exige um longo período de adaptação e treinamento.

Muitos me pergutam se a fotoquímica vai terminar? Não acredito. Hoje existem 100.000 minilabs ativos no mundo. O mercado tradicional de fotografia não abriu mão de suas máquinas. Custo baixo, alta qualidade e ótima capacidade de produção tornam o minilab químico ainda uma excelente opção. No Brasil há 2000 minilabs digitais operando. Não estou defendendo o "antigo". Mas, não acho correto iludir o lojista. Não há ainda nenhuma solução dry vencedora. E se houver, como ficam aqueles que optaram pelos derrotados?

Por isso, o mercado tradicional fotográfico não morreu, apesar de todas essas tentativas de assassinato.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Um mês de Photobook Maker

Completamos um mês de experiências no Carrefour Tamboré com o nosso Photobook Maker.
O que posso dizer? Está sendo muito bom. O produto é aceito e todos são só elogios a máquina e ao photobook. Conseguimos já uma média interessante. Acho que até superamos a concorrência.
A grande trava é a divulgação. O mercado brasileiro mal conhece o Photobook. Ou seja, as empresas fracassaram na divulgação. O Photobook foi lançado há mais de 05 anos. E a indústria não foi capaz de levar ao consumidor de foto essa " novidade". Por isso, nosso esforço é enorme.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Trânsito em São Paulo

É unânime: todos acham o trânsito de São Paulo uma porcaria. Bom, o fato é que deu uma melhorada nos últimos meses. Nos horários intermediários, entre 10 e 16 horas, a coisa melhorou. A Av. dos Bandeirantes ficou mais livre, como a Marginal. Mas, até quando? César Maia postou no seu twitter que em 2000 existiam 49,2 automóveis/100000 habitantes. Hoje temos 61/100000 habitantes. É um baita aumento. Será que criar condições mais duras na compra de automóveis seria uma solução? Ou fazer como Tóquio, que você tem que provar que tem garagem para abrigar seu carro? Nem fazendo um enorme investimento em transporte público essa situação vai melhorar. Não há possibilidade física de se criar mais avenidas, metro ou trem. É uma situação complicada.