sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Do Ex-Blog de César Maia

Achei muito relevante essa informação. Leia e se estarreça.

A ECONOMIA DO TRÁFICO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO!

Trechos do estudo de Sergio Guimarães Ferreira e Luciana Velloso, da subsecretaria estadual de fazenda - abril de 2009.

1. Estimativa de consumo anual. Maconha 90 toneladas. Cocaína 8,8 toneladas. Crack 4,3 toneladas.

2. Faturamento anual do Tráfico (ajustando a subestimativa das pesquisas diretas): Maconha 108,1 milhões de reais \ Cocaína 423,2 milhões de reais. Crack 102,1 milhões de reais. Total: 633,4 milhões de reais.

3. Custo Anual Estimado: Pessoal 158,7 milhões de reais. Custo de compra das drogas 193,9 milhões de reais. Armas 24,8 milhões de reais. Perdas por apreensões 19,4 milhões de reais. Total 396,8 milhões de reais. Lucro operacional: 236,6 milhões de reais.

4. Quantidade de delinquentes envolvidos no tráfico: 16.387 pessoas (estimativa da Polícia Civil).

5. Conheça o trabalho completo.

Obs.: Ex-Blog apenas como referência, pois as situações variam muito. Supondo 1000 bocas de fumo em toda a cidade, o lucro seria de 236 mil por boca de fumo/ano ou quase 20 mil reais por mês. Se uma comunidade tiver várias bocas de fumo e o tráfico ali fosse centralizado, como Alemão, Rocinha, Jacarezinho..., a facção controladora ali teria um lucro de 20 mil reais x Y bocas de fumo por mês, em média.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O futebol e seus clichês

A polêmica é parte integrante do futebol. Afinal, o jogo é jogado, apitado e organizado por seres humanos, passíveis de erros a todo o momento. E o último final de semana mostrou isso.
Corinthians ganhou do Cruzeiro com gol de penalti, super contestado. Na minha opinião, foi. Mas, isso não quer dizer que o Cruzeiro não foi prejudicado. A edição do Globo Esporte mostrou isso claramente. No entanto, a forma como os jogadores do Cruzeiro, além de seu presidente e técnico reagiram foi absolutamente descabida. Cuca tem esse condão. É bom técnico de campo, mas seus times mostram uma incapacidade de controlar nervos inexplicável. Vejam o exemplo do Botafogo chororo. E sua revolta é hipócrita. Ano passado seu time Fluminense ganhou alguns jogos com uma boa ajudinha do juiz, como exemplo contra o Palmeiras, quando um gol de Obina foi mal anulado. Além disso, nesse campeonato seu Cruzeiro fez um gol impedido que o levou a vitória contra o mesmo Palmeiras. Creio não há esquema armado. Se Wellington Paulista fizesse o gol aos 30 do segundo tempo, o Cruzeiro ganharia o jogo e seria líder hoje. Mas, fica fácil culpar o juiz.
E o Goiás que fez um bom jogo contra o Fluminense? Teve repórter perguntando ao Muricy se houve mala de dinheiro para os jogadores goianos. Ora, será que um time não pode jogar bem e complicar o outro? O futebol, e isso é um de seus encantos, permite que um time inferior ao outro ganhe o jogo.
Boa parte da imprensa ajuda a estimular essas teorias da conspiração. Repete clichês como o juiz comprado, o jogador que correu mais por causa de dinheiro. Aliás, isso é um problema. Vincular um algo mais a dinheiro sempre dá motivo para "n"interpretações. Já disse aqui que raça não ganha jogo. E a primeira coisa que a torcida pede é raça. Peça para o cara acertar o gol.
Bem, acho que o campeonato não está decidido. O Corinthians tem uma parada dura contra o Vitória em Salvador. E o Flu tem os paulistas.
Como diz aquele velho ditado, o jogo é jogado e o lambari é pescado.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Saúde pública? Existe sim!

Ao longo de minha vida tive poucas experiências com o sistema público de saúde. Tive nesses últimos três dias, uma boa experiência. Meu irmão tinha que operar uma hérnia umbelical. Não tem um plano de saúde, por isso recorreu ao SUS. Demorou para marcar a data da cirurgia, aliás, isso é realmente um calvário para o usuário. Levei-o ao Hospital Ipiranga no domingo. Lá internou-se e ficou na enfermaria, tendo, no entanto,a sorte de ficar isolado num quarto. Foi operado na segunda a tarde, com sucesso. E na terça-feira, 24 horas depois, teve alta. Fui buscá-lo e me deparei com gente atenciosa e ciente da sua obrigação. O resultado foi muito bom. Nisso cheguei a seguinte conclusão: a saúde pública tem um péssimo atendimento ambulatorial. Faltam médicos e hospitais, clínicas e centro de saúde operam acima de sua capacidade. Todavia, quando se é internado para algum procedimento o trabalho é exemplar. Minha mãe operou a catarata num hospital público e não teve sequela nenhuma. Minha sogra precisou colocar um stent e fez isso pelo SUS. Também foi bem atendida. Saúde pública existe sim. O que se precisa é diminuir o enorme prazo para ser atendido em consultas especializadas. Fica aqui o meu agradecimento a equipe do Hospital Ipiranga. Eu tinha uma visão preconceituosa sobre esse hospital. Achava-o horrível. Claro que o corredor no ambulatório é porta do inferno.Mas, na ala de cirurgia e internação a coisa anda bem.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O que fazer em 2014

A vitória de Dilma Roussef era esperada. Quando ela atingiu 30% em março desse ano, dificilmente deixaria a vitória lhe escapar. Mesmo assim, não foi o massacre anunciado.
Entendo que:
a) Serra confiou demais no seu taco. Nâo deu ouvidos a ninguém, foi personalista, achava que sua biografia bastava e via Dilma como uma candidata fraca, que seria facilmente batida nos debates (o que não ocorreu). E a campanha ficou paulista demais. E some-se que Serra tem carisma zero, além de ser careca. João Coutinho na Folha de ontem mostrou que não há nenhum careca no poder, exceto na Itália. Conhece algum presidente americano desde Eisenhower careca (não Ford, pois era vice de Nixon)? E no Brasil ? Último foi Figueiredo que não precisa de povo;
b) Medo em bater em Lula. Lula não é um mito, como fazem crer as análises de intelectuais ligados ao PT. No Sul e Sudeste sua influência é relativa. Aliás em São Paulo, só pode comemorar um vitória, qual seja, a de Luiz Marinho para prefeito de São Bernardo do Campo (a eleição mais cara do Brasil);
c) No governo Dilma a oposição tem que justificar o nome. Não dar tréguas,. Impedir que as mentiras governamentais virem verdade (um exemplo: Lula em 2006 anunciou a autossuficiência em petróleo. Até agora isso não ocorreu);
d) Os paulistas não podem mais querem comandar o processo. Não dará certo. Assim, tem que apostar numa coalizão que envolva políticos de outros estados. Mais ou menos igual a que derrotou Maluf no colégio eleitoral em 1985, com Tancredo encabeçando a chapa;
e) E lançar o nome em 2012. Dilma, na minha opinião, vai disputar novamente em 2014. Lula não terá condições de competir. E o governo Dilma enfrentará alguns grandes problemas, como o peso da dívida interna.