Entendo que:
a) Serra confiou demais no seu taco. Nâo deu ouvidos a ninguém, foi personalista, achava que sua biografia bastava e via Dilma como uma candidata fraca, que seria facilmente batida nos debates (o que não ocorreu). E a campanha ficou paulista demais. E some-se que Serra tem carisma zero, além de ser careca. João Coutinho na Folha de ontem mostrou que não há nenhum careca no poder, exceto na Itália. Conhece algum presidente americano desde Eisenhower careca (não Ford, pois era vice de Nixon)? E no Brasil ? Último foi Figueiredo que não precisa de povo;
b) Medo em bater em Lula. Lula não é um mito, como fazem crer as análises de intelectuais ligados ao PT. No Sul e Sudeste sua influência é relativa. Aliás em São Paulo, só pode comemorar um vitória, qual seja, a de Luiz Marinho para prefeito de São Bernardo do Campo (a eleição mais cara do Brasil);
c) No governo Dilma a oposição tem que justificar o nome. Não dar tréguas,. Impedir que as mentiras governamentais virem verdade (um exemplo: Lula em 2006 anunciou a autossuficiência em petróleo. Até agora isso não ocorreu);
d) Os paulistas não podem mais querem comandar o processo. Não dará certo. Assim, tem que apostar numa coalizão que envolva políticos de outros estados. Mais ou menos igual a que derrotou Maluf no colégio eleitoral em 1985, com Tancredo encabeçando a chapa;
e) E lançar o nome em 2012. Dilma, na minha opinião, vai disputar novamente em 2014. Lula não terá condições de competir. E o governo Dilma enfrentará alguns grandes problemas, como o peso da dívida interna.
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