Em 2012, os consumidores norte-americanos armazenaram, nas redes sociais, 380 bilhões de fotos. Em 2016, calcula-se, foram mais de 700 bilhões de clicks.
O mercado brasileiro, em média, representa 10% do americano. Adotando-se essa medida, chegamos a 70 bilhões de clicks no Brasil.
Na época do filme, a média de fotos por filme era de 27. O auge do filme fotográfico foi em 2002, quando 100 milhões de rolos de filmes foram vendidos.
Fazendo a conta, temos 2,7 bilhões de fotos. Isso significa 5,4% do total de clicks de hoje em dia.
Muitos olham esse número e imaginam um potencial enorme para o mercado fotográfico. Mas, será que é isso mesmo?
Em tese, sim. No entanto, quais desses clicks podem se transformar em papel impresso?
Não sou um especialista em comportamento, longe disso. Na época do filme, havia a nítida preocupação do consumidor em registrar os momentos mais importantes de sua vida e eternizá-los no papel. E, lembremos, havia, em geral, uma única câmera para cada domicílio. Para se ter uma ideia da carência brasileira, chegamos, em 2002, a 42% dos domicílios que tinham câmera fotográfica.
Em 2017, estamos nos aproximando de 01 smartphone para cada brasileiro. Uma das razões dessa montanha de clicks.
E, voltando ao aspecto comportamental, hoje tiramos muito mais fotos descartáveis, que, ao serem compartilhadas, cumprem seu papel. Não tem o peso da memória.
Insisto naquilo que já observei aqui no blog: precisamos criar produtos que gerem necessidade, no consumidor, em imprimir. Vamos pensar mais nisso, do que botar o terror no consumidor.
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