quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Artigo Revista Fhox edição 129

Um mercado procurando o consumidor

Tenho a oportunidade de receber vários relatórios, onde há medição de diversas situações no mercado fotográfico mundial. Ganha especial destaque a ascensão do photobook. A Cewe Color, maior laboratório europeu informa que em 2005 vendeu 71.000 photobooks, já em 2008 esse número chegou em 2.600.000, um crescimento de 3.500%!! E a previsão para 2011 indica que o mercado mundial de photobooks chegue a 70.000.000 de unidades, movimentando US$ 2,5 bilhões de dólares.

O Brasil, em media, representa 2% do consumo mundial. Isso for de fato verdadeiro, o mercado nacional terá 1.400.000 photobooks, trazendo uma receita de US$ 50 milhões de dólares. Bom número é inegável. E com um ticket médio de US$ 35,00 ou R$ 70,00, muito bom também.

Apesar de todo esse potencial, vejo muitos lojistas torcerem o nariz quanto a essa tendência. Dizem que o consumidor não conhece o produto, portanto não pede. E há também razões ligadas à própria montagem do photobook. Para alguns é um pouco complicada, além de exigir um funcionário especialmente treinado e, para meu horror, um salário muito alto.

Claro que um gigante como o Cewe Color pode promover o photobook utilizando meios de comunicação em massa. E também tem a seu favor, uma população bem mais educada, capaz de entender perfeitamente a mensagem. Infelizmente, aqui se calcula que 72% (!!) é analfabeto funcional, ou seja, não é capaz de entender um cartaz com 03 frases. Por aí dá para se perceber o quanto uma revolução educacional impactaria o crescimento econômico. Mais educação, mais necessidades a serem supridas e a economia bomba.

O varejo que apostar no photobook terá essa dura tarefa de comunicar de forma clara esse serviço. E outro empecilho a ser superado é a precificação. Entendo que o varejo quer operar com margens muito altas de lucratividade, ao ponto de exceder a expectativa do consumidor. Em suma, está caro.

Eu creio no photobook. É um produto que criará no consumidor a necessidade de imprimir suas memórias. E ficará na estante e não na caixa de sapatos. E dará um novo alento ao varejo fotográfico, tão carente de novos produtos.

A próxima feira trará muitas novidades no que diz respeito a equipamentos para montagem de photobooks. E creio que haverá soluções para todos no mercado, desde o lojista, passando pelas grandes redes de supermercados e indo para laboratórios profissionais.

TWITTER. Meu companheiro de coluna aqui da Fhox, Wagner Valente, já explicou como funciona a nova febre na web mundial. Eu me atrevo a dar algumas dicas sobre esse fenômeno. O intuito primeiro do twitter era possibilitar as pessoas uma nova forma de comunicação, onde através de uma pergunta simples – o que você está fazendo – todos os amigos que o sigam saberão de seus passos. Ou seja, uma nova rede social. Porém o twitter ganhou outra dimensão. Para mim é uma excepcional forma de informação, hiper rápida e muito interativa. E as empresas estão descobrindo como usar essa ferramenta. Você pode anunciar suas ações e rapidamente seus clientes terem acesso a elas. Em 140 caracteres você deve fazer esse anúncio. É muito mais simples que um e-letter e muito mais rápido que qualquer mala direta. Cabe a você escolher seus followings. Tem muita celebridade que tem um ego gigantesco e comunica até quando vai ao banheiro. Por isso, escolha aquilo que lhe seja útil, senão você vai ler muita bobagem.

E parece que o 2. semestre começou muito bem. Quem sabe, vamos ter um belo Natal ainda em 2009.

Edmundo Salgado

Twitter: www.twitter.com/esalgado

FHOX 129

Julho de 2009.

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